Eu não sou aquela que ontem passeava por aquele pavilhão acotovelado de gente.
Não sou a menina dos collans pretos e do vestido cinzento, cintado, rendilhado e curto, que vestia quando me viste.
Eu não sou a mulher dos sapatos de salto alto pretos, que calçava quando te beijei.
Não sou aquele rosto maquilhado que te sujou a cara.
Sinto medo de ter exagerado na pintura dos olhos, na altura do salto, no tamanho do vestido. Tenho a leve sensação de que despertei em ti um sentimento novo, mas ainda longínquo.
Agora que me sento e penso na noite de ontem, pego na caneta e nesta folha que o vento me trouxe e revejo-me, em mais duas ou três páginas de um diário nunca antes começado.
Quero-te dizer tantas coisas. Quero-te agradecer por tanto, que não sei por onde começar.
Só penso naquele olhar que trocamos, pela primeira vez, à mesma altura…
Naquele abraço desajeitado pela ânsia de nunca terminar…
Naquele beijo na face que te dei assim que te vi…
Naquele convite que te fiz…
E na companhia que te ofereci, discretamente, sem tu dares por ela.
Juro-te que o que tenho não é uma simples paixoneta, é tanto maior que isso, que as palavras até me faltam.
Desculpa, desculpa por tudo!
Porque, simplesmente, não sou ou não quero ser (…)
as tais palavras que (um dia) acho que gostariam de ser ouvidas ;)
ResponderEliminargostei muito do teu blog, especialmente do texto.
ResponderEliminarnós mudamos, mas aqilo q sentimos verdadeiramente por alguem jamais mudará.
acabas.te de ganhar uma seguidora :D
Muito obrigada :)
ResponderEliminar